Paulo Moreira

[WONDERLAND]
O espaço e a sua dimensão histórica, impõe-se aqui como agente determinante no plano das intenções, sustenta qualquer ideia sobre o que daí se possa aí fazer.

No caso de “WONDERLAND”, uma pintura sobre papel, repartida por três painéis, poderá inserir-se no território
do “site specific”, se pensarmos que se trata de uma obra idealizada para determinado local. Na realidade,
este convite do meu amigo Sotte e da associação “AKARO”, desde o início teve um sabor a desafio. Por si só,
o peso das memórias encerrado em lugares como este, que não será certamente fator de uso comum, ficará
indissociável às emoções do visitante. O local é emotivo. Evoca presenças, persegue fantasmas, remexe na
memória pessoal e coletiva.

Em “WONDERLAND” podemos referir uma espécie de jogo sobre a memória: - a memória individual sobre a
infância e os jogos e os brinquedos; e a coletiva que nos pode remeter para o silêncio dos poemas de Lorca,
os sonhos de Buñuel e a persistência da memória, ou as imagens de guerra de Capa.

Espinho, 18 novembro 2013
Paulo Moreira











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